Na década de 1940 Micheline Presle dividia o posto de atriz mais popular da França com Danielle Darrieux e Michèle Morgan, e na década de 1950 a atriz conquistaria Hollywood, onde estrelou algumas proções.
Micheline Nicole Julia Emilienne Chassagne nasceu em Paris, em 22 de agosto de 1922. Micheline começou a estudar atuação na adolescência, e aos 15 anos de idade estreou no filme La Fessée (1937), de Piere Carron.
Ela seguiu atuando em pequenos papéis até que George Willhelm Pabst a escalou para estrelar A Lei Sagrada (Jeunes Filles en Détresse, 1939). Na época, ela ainda assinava com o nome de Michelline Michel, e sua personagem se chamava Jacqueline Presle, de onde ela tirou seu sobrenome artístico.
O filme valeu a Micheline o prêmio de atriz revelação da França.
Durante a Segunda Guerra Mundial, ela continuou atuando na França, mesmo durante a ocupação nazista. Micheline Presle fez diversos filmes no período, destacando-se em produções como Paraíso Perdido (Paradis Perdu, 1939), onde interpretou dois papéis.
Atuou também em La Comédie du Bonheur (1940), Historie de rire (1941), A Noite Fantástica (La Nuit Fantastique, 1942), Félicie Nantuil (1944) e Nas Rendas da Sedução (Falbalas, 1945). Mas foram os papéis no Pós Guerra que realmente a tornaram popular.
Filmes como Boule de Suif (1945) e Adúltera (Le Diable au Corps, 1947) projetaram seu nome internacionalmente.
Em 1950 ela atuou no filme italiano Pompéia, Cidade Maldita (Gil Ultimi Giorni di Pompei, 1950), e depois viajou aos Estados Unidos, rumo a Hollywood.
Em 1949 ela havia se casado com o ator americano William Marshall, que a convenceu a tentar carreira no cinema americano. Micheline Presle assinou contrato com a Fox, e apareceu em A Vingança do Destino (Under My Skin, 1950), ao lado de John Garfield.
Em seguida atuou na aventura Guerrilheiros das Filipinas (American Guerrilla in the Philippines, 1950), ao lado do astro Tyrone Power, e com Errol Flynn fez Aventuras do Capitão Fabian (Adventures of Captain Fabian, 1951), este último último produzido pelo seu marido.
Mas apesar de ter atuado com três dos maiores galãs da época, sua carreira em Hollywood não emplacou, e ela retornou à França, onde estrelou La Dame Aux Camélias (1953). O casamento com William Marshall, com quem ela havia tido um filha (a futura atriz e diretora Tonie Marshall), também não estava muito bem, e o divórcio foi assinado em 1954.
Na Europa, ela brilhou em filmes como Parque dos Amores (Villa Borghese, 1954) e Se Versalhes Falasse… (Si Versiller M’Était Conté, 1954), e manteve seu status de estrela nas produções seguintes. E em 1959 atuou em Entrevista Com a Morte (Blind Date, 1959), de Joseph Losey.
Em 1962 ela retornou brevemente a Hollywood, interpretando a mãe de Sandra Dee em Se o Marido Atender Desligue (If a Man Answers, 1962). Ela também contracenou com Paul Newman em Criminosos Não Merecem Prêmio (The Prize, 1963), no mesmo período.
Com quase 200 créditos em sua carreira, a atriz ainda atuou em filmes como As Petroleiras (Les Pétroleuses, 1971), Um Homem em Estado… Interessante (L’èvénement le plus important depuis que l’homme a marché sur la Lune, 1973), Ladrões do Amanhecer (Les Voleurs de la Nuit, 1983) e Os Miseráveis (Les Misérables, 1995), além de atuar também em inúmeras produções na televisão a partir da década de 1970.