Morreu na madrugada do dia 01 de abril o cantor e compositor Ruy Maurity, cantor e compositor de “Serafim e seus filhos” e “Nem ouro nem prata”, sucessos de rádio nos anos 1970. Tido como um dos precursores do rock rural, mas com uma obra que passou pelo samba e por estilos regionais, o artista tinha 72 anos. Segundo seu irmão, o pianista Antonio Adolfo, Ruy estava em coma há mais de duas semanas, devido a duas paradas cardíacas que sofreu, sendo uma de oito minutos, após uma endoscopia. O velório acontece a partir das 11h de sábado, no Memorial do Carmo do Caju. A cremação se dará às 14h.
Ruy Maurity de Paula Afonso nasceu em Paraíba do Sul (RJ), e sua mãe foi a primeira violinista a integrar a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal. Ele aprendeu sozinho a tocar violão e, em 1970, venceu o Festival Universitário do Rio de Janeiro com a música Dia cinco, que compôs junto com Zé Jorge.
Ainda em 1970, ele gravou seu primeiro LP, Este é Rui Maurity. Foi em 1971, porém, o seu maior sucesso, Serafim e seus Filhos, lançado no LP Em busca do ouro. Três anos depois lançou o disco Safra 74, que teve algumas de suas músicas incluídas nas trilhas sonoras das novelas Escalada (1975) e Fogo sobre terra (1974), da TV Globo. Um de seus maiores sucessos, no entanto, foi um jingle: Marcas do que se foi, composto com Tavito e Zé Rodrix, que virou uma espécie de hino informal do réveillon.
Em 1976 e 1977 Ruy Maurity lançou, respectivamente, os LPs Nem ouro nem prata e Ganga Brasil, que inclui a gravação do tema principal da novela Dona Xepa (1977), da TV Globo. Em 1978 gravou o disco Bananeira mangará. Com o tempo, o artista foi encaminhando sua música cada vez mais para os temas regionais.
Em 1990 ele fez uma participação na novela A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), na TV Manchete.