Gian Carlo, Dênis Carvalho, Paulo Figueiredo e Tony Ramos em Antônio Maria (1968)
Gian Carlo (também creditado como Jean Carlo) foi um dos mais promissores galãs da televisão brasileira nas décadas de 1960 e 1970, porém abandonou a carreira artística no auge do sucesso, deixando uma legião de fãs com saudades.
Giancalo Sartorello nasceu em Roma, Itália, em 24 de novembro de 1946. Gian Carlo estreou no teatro ainda criança, ao cinco anos de idade, na peça O Pequeno Lord, onde fazia o papel principal. Pouco tempo depois, ainda com 5 anos de idade, ele mudou-se com a família para o Brasil, e em São Paulo estudou filosofia e teatro.
E foi nos palcos que ele foi descoberto pelo diretor Geraldo Vietri, que o levou para a televisão.
Vietri tinha no belo e talentoso Gian Carlo um dos seus atores favoritos.
Gian Carlo e Geraldo Vietri na TV Tupi
Gian Carlo ingressou na TV Tupi com apenas 15 anos de idade, ainda nos tempos das novelas ao vivo, e fez sua estreia na novela A Noite Eterna (1962). Em seguida atuou em Terror nas Trevas (1963), Moulin Rouge, A Vida de Toulouse-Lautrec (1963), O Homem das Encrencas (1965) e O Cara Suja (1965). Também fez diversos teleteatros da emissora.
Ainda adolescente, e creditado como Jean Carlo, o ator constantemente interpretava papéis de homens mais velhos que sua idade real.
Gian Carlo, Elísio de Albuquerque, Marcos Plonka e Patricia Mayo em Terror nas Trevas
Patricia Mayo e Gian Carlo
Vida Alves, Amilton Fernandes e Gian Carlo em Moulin Rouge, A Vida de Toulouse-Lautrec
Em 1964 ele estreou no cinema, também pelas mãos de Geraldo Vietri, que dirigiu o ator, e outros astros da Tupi em Imitando o Sol (1964). Gian Carlo faria outros filmes, todos também dirigidos por Vietri. São eles: Quatro Brasileiros em Paris (1965), O Homem das Encrencas (1965) e O Pequeno Mundo Mundo de Marcos (1968).
Nas novelas, todas na Tupi, fez ainda A Ré Misteriosa (1966) e Os Rebeldes (1966). Em 1966 estreou também na direção, dirigindo a série A Família Pimenta (1966).
Mas sua consagração como ator veio com a novela Antônio Maria (1968), onde ao lado de Tony Ramos, Denis Carvalho e Paulo Figueiredo formava o núcleo de galãs juvenis da novela.
Normalmente creditado como Jean Carlo, a partir de 1968 o ator adotou a grafia de seu nome original (Gian Carlo), para não ser mais confundido com o cantor cego Jean Carlo (1943-2013), dono do sucesso Eu Nasci Para Você.
Foi também em 1968 que surgiu um boato que Gian Carlo, o ator, teria morrido em um acidente de carro (ou de avião).
Tony Ramos, Paulo Figueiredo, Denis Carvalho e Gian Carlo em Antônio Maria
Em 1969 ajudou Geraldo Vietri na direção de Nino, o Italianinho (1969), na qual também atuou. Gian Carlo ainda seria o roteirista de A Selvagem (1971), e atuaria em A Fábrica (1972), Vitória Bonelli (1972) e faria uma participação na primeira versão de Mulheres de Areia (1973).
Gian Carlo, Marcos Plonla e Paulo Figueiredo em Vitoria Bonelli
Depois deixou a carreira de ator, embora anos mais tarde tenha atuado na fatídica novela Brida (1998), última produção de teledramaturgia produzida pela extinta TV Manchete. A novela foi interrompida sem final quando a emissora saiu do ar.
Gian Carlo em Brida
Mas apesar de ter parado de atuar, ele nunca se afastou definitivamente da televisão, atuando nos bastidores, em áreas administrativas. Atualmente, ele é o diretor da Rede Brasil de Televisão, que exibe diversos filmes e séries antigas em sua programação.
A atriz Lisa Negri e o ator Gian Carlo, em 2013
O ator Gian Carlo atualmente
Rildo Gonçalves, Gian Carlo, Amilton Fernandes, Elisio de Albuquerque e Marcos Plonka,
Ele trabalhou por algum tempo aqui em Belém, na direção do Hilton Hotel.