O músico Lafayette Coelho, que com seus teclados ajudou a imprimir a identidade da Jovem Guarda faleceu aos 79 anos de idade. O músico estava internado no Rio de Janeiro com pneumonia, e sua morte foi confirmada por sua esposa, a cantora Dina Lúcia, através das redes sociais.
Em fevereiro o artista havia sido internado, após fraturar o fêmur. Com uma saúde debilitada, ele também fazia sessões regulares de hemodiálise.
O pianista e tecladista carioca Lafayette Coelho Varges Limp nasceu em 11 de março de 1943, e participou da gravação de mais de 50 discos no período conhecido como Jovem Guarda, acompanhando astros como Roberto Carlos, Wanderléa, Erasmo Carlos, Sérgio Reis e Golden Boys.
Basta ouvir as gravações originais das músicas Quero que vá tudo pro inferno hino da Jovem Guarda que consolidou definitivamente a carreira então ascendente de Roberto Carlos – e Coração de papel de Sérgio Reis, 1966) para perceber a marca do órgão de Lafayette nos discos da Jovem Guarda lançados a partir de 1965.
A sonoridade do órgão do tecladista era tão marcante que, após álbum inicial dedicado em 1965 à mulher Dina Lúcia, o artista começou a gravar a série de discos Lafayette e os sucessos, com abordagens instrumentais de hits da época. A série rendeu 20 volumes editados de 1966 a 1978 pela gravadora CBS, na qual Lafayette permaneceu até 1980, até ser dispensado e ter que gravar em companhias fonográficas de menor peso no mercado, como as já extintas Copacabana e Continental.