João Carlos Barroso começou a carreira como ator mirim, mas ficou famoso por interpretar diversos papéis de coadjuvantes, já adulto, em diversas telenovelas. Ele destacou-se na televisão como o Tavico de Estúpido Cupido (1976) e o Toninho Jiló de Roque Santeiro (1985).
Djenane Machado e João Carlos Barroso, em Estúpido Cupido
João Carlos de Albuquerque Melo Barros nasceu em 28 de fevereiro de 1950, na cidade do Rio de Janeiro. Barroso começou a atuar ainda criança, mas ganhou fama já adulto, principalmente por seus trabalhos na televisão.
Sua estreia como ator foi no filme Pedro e Paulo (1961), uma co-produção argentina-brasileira, estrelada por Jardel Filho, Francisco Cuoco e Jece Valadão. Na época, ele tinha 10 anos de idade, e havia sido descoberto pelos produtores quando jogava bola na rua, com amigos.
Com Jardel Filho em Pedro e Paulo (1962)
Em 1962 ele ingressou no teatro, mesmo ano que estreou na TV, fazendo o teleteatro Os Inocentes, na TV Tupi. Ainda ator mirim, fez inúmeros teleteatros na Tupi e TV Rio, e estrelou a novela David Copperfield (1964), também na Tupi.
Ele estreou na TV Globo na série Rua da Matriz (1965). Na emissora, atuou em diversas novelas, como O Bem Amado (1973), Os Ossos do Barão (1973), Pecado Capital (1975), e em 1976 foi dos astros do grande sucesso Estúpido Cupido (1976), onde interpretou o papel de Otávio (Tavico), também conhecido como Caniço.
João Carlos Barroso e Lima Duarte em O Bem Amado
Heloísa Raso, Ricardo Blat, Djenane Machado, Ney Latorraca, Françoise Furton e João Carlos Barroso em Estúpido Cupido
Apesar do sucesso, o ator não tornou-se protagonista, mas continuou atuando como um dos coadjuvantes mais requisitados da Rede Globo. Na emissora, atuou em novelas como Locomotivas (1977), O Pulo do Gato (1978), Pecado Rasgado (1978), Marrom Glacé (1979), Chega Mais (1980), Pão Pão, Beijo Beijo (1983) e Livre Para Voar (1984), além de atuar em diversas esquetes do programa Os Trapalhões.
João Carlos Barroso, Dedé Santana e Tony Tornado em Os Trapalhões
O ator também fez uma breve passagem pela TV Bandeirantes, onde atuou em Os Imigrantes – Terceira Geração (1982), e teve outro grande personagem de sucesso na novela Roque Santeiro (1985), onde interpretou Toninho Jiló
João Carlos Barroso e Arnaud Rodrigues em Roque Santeiro
No cinema ainda atuou nos filmes O Homem e Sua Jaula (1969), O Pistoleiro (1976), Nos Tempos da Vaselina (1979) e Dona Eulália (2004). Também dublador, emprestou sua voz para o jovem Rei Arthur de A Espada Era a Lei (The Sword in the Stone, 1963), da Disney (na versão brasileira)
João Carlos Barroso com Aldine Muller, em Nos Tempos da Vaselina
Na televisão, tornou-se um coadjuvante pouco aproveitado, muitas vezes fazendo papéis de delegado. O ator costumava brincar que seus papéis eram tão pequenos que seu figurino era composto por uma única camisa.
João Carlos Barroso atuaria em Direto de Amar (1987), O Salvador da Pátria (1989), Mico Preto (1990), Pedra Sob Pedra (1992), Mulheres de Areia (1993), Tropicaliente (1994), Era Uma Vez (1998), Uga Uga (2000), O Clone (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003) e JK (2006), onde interpretou Tancredo Neves. E a partir de 1999 passou também a integrar o elenco do programa Zorra Total, onde interpretou diversos personagens.
Arlete Salles, Nélson Xavier e João Carlos Barroso em Pedra Sob Pedra
João Carlos Barroso no Zorra Total
Seu último trabalho na televisão foi como o Delegado Mesquita em Sol Nascente (2016).
João Carlos Barroso em Sol Nascente
João Carlos Barroso faleceu em 12 de agosto de 2019, aos 69 anos de idade, vítima de um câncer de pâncreas.
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