Quem Fim Levou? Pablito Calvo, de Marcelino Pão e Vinho

Biografias Que fim levou?
Em 1955 o mundo se encantou com o menino Pablito Calvo, o protagonista de Marcelino Pão e Vinho (Marcelino Pan y Vino, 1955), de Ladislao Vajda.
A
história do menino que levava pão e vinho para uma estátua de Jesus
venceu o Urso de Prata em Berlim e foi indicado a Palma de Ouro em
Cannes, naquele ano. O pequeno Pablito, com apenas oito anos, ganhou um
prêmio especial por seu papel.
Pablo
Calvo Hidalgo nasceu em Madrid em 16 de março de 1948. Ele entrou para o
cinema quando sua avó o levou para fazer um teste nos Estudios
Chamartín, que procuravam uma criança para viver o menino Marcelino, da
história de José María Sánchez Silva.
Ele
tornou-se um astro do cinema espanhol e abriu as portas para outras
estrelas mirins do país que viriam nos anos seguintes, como Joselito e
Marisol.
Pablito estrelou em seguida dois filmes do mesmo diretor de Marcelino, O Garoto e o Vagabundo (Mi tío Jacinto, 1956) e Um Anjo Nasceu no Brooklyn (Un Angelo è Sceso a Broklyn (1957), mas sem repetir o mesmo sucesso.
Pablito e  Ladislao Vajda num intervalo de filmagem
Pablito e Peter Ustinov em Um Anjo Nasceu no Brooklyn
Na Itália filmou Totó e Macelino (Totó e Marcellino, 1958), com o astro do humor Totó. E em 1959 veio ao Brasil divulgar este filme.

Pablito Calvo no Brasil

Pablito Calvo veio ao Brasil em 1959 para divulgar o filme Totó e Marcelino (1958), chegando no Rio de Janeiro diante de uma multidão de fãs que foram esperá-lo no aeroporto.
Marcelino Pão e Vinho
havia feito um enorme sucesso no Brasil e ainda era lembrado pelos fãs.
Mas os novos filmes de Pablito haviam passado quase despercebidos por
aqui. Por questões contratuais, ele tinha que falar sobre seu novo filme
e não fazer apresentações referentes ao seu maior sucesso, (além disto,
ele havia sido dublado pela atriz Matilde F. Vilariño nas canções do
mesmo) o que frustrou os fãs brasileiros.

Pablito
participou do programa de Paulo Gracindo na Rádio Nacional e se
apresentou na TV Tupi do Rio de Janeiro. Sem poder cantar ou representar
Marcelino, deu uma entrevista a atriz mirim Vera Lúcia. O programa
foi patrocinado por uma famosa marca de biscoitos, e Verinha ofereceu ao
garoto durante a entrevista. Ele provou e fez uma cara feia, dizendo
que era o pior biscoito que já comera na vida, tudo televisionado nos
tempos de televisão ao vivo.

Pablito e Paulo Gracindo na Rádio Nacional

Esteve
também em São Paulo. A TV Tupi paulista queria que o menino fizesse um
teleteatro de seu filme mais famoso, mas não foi possível. A solução,
procurar outra criança para estrelar a peça. Após uma seleção, escolheram
Waldir Galdi para o papel de Marcelino.

Waldir Galdi, o Marcelino brasileiro


com 11 anos, Pablito já demonstrava não estar muito a vontade com o
estrelado. Foi tachado de mimado pela imprensa brasileira, por não
querer dar muitas entrevistas. Numa breve conversa com um jornalista da
revista O Cruzeiro, disse que não queria ser ator quando crescesse, mas
sim engenheiro.
Ele faria seu último filme três anos depois, atuando em Barcos de Papel
(1962), um filme argentino que tinha no elenco o ator brasileiro Jardel
Filho. Com a voz alterada pela adolescência, teve que ser totalmente
dublado. Depois abandonou o cinema definitivamente,
Pablito
tornou-se engenheiro como sonhava. Passou a vida adulta trabalhando no
ramo imobiliário e turístico. Em 1976 casou-se com Joana Olmedo, com
quem ficou casado até sua morte em 01 de fevereiro de 2000, vítima de um
derrame cerebral. Ele tinha apenas 51 anos.
Casando em 1976
Pablito antes e depois
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