A inesquecível Rogéria, a travesti da família brasíleira

Biografias Cinema Brasileiro
Rogéria nasceu Astolfo Barroso Pinto, em 25 de maio de 1943, em Cantagalo no Rio de Janeiro. Foi uma das pioneiras do transformismo no Brasil, e começou a aparecer publicamente quando tornou-se figura frequente nos auditórios da Rádio Nacional, principalmente nas apresentações de Emilinha Borba, de quem ela era grande fã.
Rogéria, ainda Astolfo, e Emilinha
Rogéria começou a trabalhar como maquiadora na TV Rio, onde passou a conviver com os grandes artistas brasileiros (e internacionais que faziam temporadas no país), esta foi sua entrada no meio artístico, e como ela dizia “sua grande escola“.

No carnaval de 1964 desfilou em um tradicional concurso de fantasias, com trajes femininos. O apresentador, para desmerecê-la, disse “nestas roupas está um Rogério“. E o público para defendê-la gritou em coro “Rogéria, Rogéria“, e assim surgia seu nome artístico.

Em maio daquele ano, estreou nos palcos nos shows de transformismo. No cinema, estreou fazendo dois filmes no mesmo ano: Enfim Sós… Com o Outro (1968) e O Homem que Comprou o Mundo (1968), este último uma comédia dirigida por Eduardo Coutinho em começo de carreira.

Rogéria em O Homem que Comprou o Mundo

 


Rogéria atuou em cerca de doze filmes, e também fez inúmeras novelas, participações em programas de TV e no teatro de revista. Em 1977 ganhou o Troféu Mambembe de melhor atriz por sua atuação em um espetáculo com Grande Otelo.

Com Nadyr Fernandes em O Sexualista (1975)


Rogéria canta no filme Copacabana (2001)



Seu último trabalho no cinema foi no documentário Divinas Divas (2016) dirigido por Leandra Leal. Leandra basou-se em um espetáculo que ela fazia desde 2004 com o mesmo nome, e resolveu registrar a memória afetiva que tinha dos pioneiros shows de transformismos, realizados nos teatro de sua mãe, que alugava-os para tais apresentações. Em 2016 também lançou sua biografia Rogéria – Uma Mulher e Mais um Pouco, escrita por Marcio Paschoal.

Rogéria, atriz, cantora, maquiadora, vedete… A “travesti da família brasileira” faleceu em 04 de setembro de 2017, aos 74 anos de idade. Um ano depois, foi lançado o documentário Rogéria, Senhor Astolfo Barroso Pinto (2018), dirigido por Pedro Gui.

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